S. José, Esposo da Virgem S. Maria
19 de Março dia do PAI
O culto litúrgico a S. José celebra-se, pelo menos, desde
o século IV, quando Santa Helena lhe dedicou uma igreja. No Oriente,
celebrava-se,
a partir do século IX, uma festa em sua honra.
No
Ocidente o culto é mais tardio. No século XII, é celebrado entre os
Beneditinos.
No século XII, é celebrado entre os Carmelitas, que o propagam na
Europa. No século XV, João Gerson e S. Bernardino de Sena são os seus
fervorosos propagandistas.
Santa Teresa de Jesus era uma devota fervorosa de S. José
e muito promoveu o seu culto.
S. José, descendente de David, era provavelmente de
Belém. Por motivos familiares ou de trabalho, transferiu-se para Nazaré e
tornou-se esposo de Maria.
O anjo de Deus comunicou-lhe o mistério da incarnação do
Messias no seio de Maria, e José, homem justo, aceitou-o apesar da dura crise
por que passou. Indo a Belém para o recenseamento, lá nasceu o Menino Jesus. Pouco
depois, teve de fugir com ele para o Egipto, donde regressou a Nazaré.
Quando
Jesus tinha doze anos, vemos José e Maria em Jerusalém, onde perdem o filho e
acabam por o reencontrar entre os doutores do templo. A partir deste episódio,
os evangelhos nada mais dizem sobre José. É possível que tenha morrido antes de
Jesus iniciar a sua vida pública.
S. José é padroeiro da Congregação dos Sacerdotes do
Coração de Jesus, Dehonianos.
MEDITAÇÃO
A Igreja convida-nos, hoje, a voltar-nos para S. José, a
alegrar-nos e a bendizermos a Deus pelas graças com que o cumulou. S. José é o
“homem justo” (Mt 1, 19).
A sua justiça vem-lhe do acolhimento do dom da fé, da
retidão interior e do respeito para com Deus e para com os homens, para com a
lei e para com os acontecimentos. É o que nos sugere a segunda leitura. Não foi
fácil para José aceitar uma paternidade que não era dele e, depois, a
responsabilidade de ser o mestre e guia d´Aquele que, um dia, havia de ser o
pastor de Israel. Respeito, obediência e humildade estão na base da “justiça”
de José.
Foi esta atitude interior, no desempenho da sua missão
única, que guindaram José ao cume da santidade cristã, junto de Maria, a sua
esposa.
As atitudes de José são características dos grandes homens, de que nos fala a
Bíblia, escolhidos e chamados por Deus para missões importantes. Embora se
considerassem pequenos, fracos e indignos, aceitavam e realizavam a missão,
confiando n´Aquele que lhes dizia: “Eu estarei contigo”.
José não procurou os seus interesses e satisfações, mas
colocou-se inteiramente aos serviços dos que amava. O seu amor pela esposa,
Maria, visava unicamente servir a vocação a ela que fora chamada.
Deste modo, o casal chegou a uma união espiritual
admirável, donde brotava uma enorme e puríssima alegria. Era a perfeição do
amor. O amor de José por Jesus apenas visava servir a vocação de Jesus, a
missão de Jesus.
Para José, o filho não era uma espécie de propriedade a
quem impunha uma autoridade e afeto tirânico, como, por vezes, acontece com
alguns pais. José sabia que Jesus não era dele, e nada mais desejava do que
prepará-lo, conforme as suas capacidades, para a missão de Salvador, como lhe
fora dito pelo Anjo.
Por intercessão do nosso santo, peçamos a Deus a fé, a
confiança, a docilidade, a generosidade e a pureza do amor para nós mesmos e
para quantos têm responsabilidades na Igreja, para que as maravilhas de Deus se
realizem também nos nossos dias.